A primeira remessa de doses para a vacinação contra a mpox chegou tarde desta quarta-feira (15) no Estado. A data de inicío das ações ainda não foi definida. O Estado deu início ao planejamento na segunda-feira (13), quando técnicos participaram de uma reunião para discutir as orientações repassadas pelo Ministério da Saúde a partir de um Informe Técnico.
Mpox: Rio Grande do Sul registra mais de 320 casos confirmados da doença
No total, o Ministério da Saúde deve distribuir 46 mil doses a partir do Programa Nacional de Imunizações, obedecendo a liberação para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Planejamento
Neste momento, o Rio Grande do Sul recebeu 1.388 doses para aplicação de duas doses em grupos vulneráveis à pré e à pós-exposição ao vírus. O intervalo entre as doses é de 30 dias. O quantitativo será suficiente para imunizar 50% da população-alvo da vacinação em pré-exposição. De acordo com a SES, ainda não há data definida para a chegada das vacinas destinadas a profissionais que trabalham diretamente com o Orthopoxvírus, causador da mpox, em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3).
Segundo o Ministério da Saúde, “o envio de mais doses dependerá do andamento da vacinação e da demanda local”, sendo possível solicitar remessas adicionais posteriormente para dar continuidade a estratégia. Os grupos selecionados foram classificados da seguinte forma:
Vacinação pré-exposição:
Pessoas vivendo com HIV/Aids: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.
Profissionais de laboratório, com idade entre 18 e 49 anos, que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3).
Vacinação pós-exposição:
Pessoas de 18 a 49 anos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco e compareçam ao serviço para vacinação até 4 dias após a exposição.
O que é o mpox?
Causada por um vírus, a mpox foi diagnosticada e identificada na década de 1960. A doença teve a nomenclatura oficializada em novembro de 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O período de incubação, que compreende o tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas, é geralmente de seis a 21 dias. É recomendada a busca por atendimento médico ao apresentar os seguintes sintomas:
febre
dor de cabeça intensa
dor nas costas
inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha)
lesões na pele
Veja o cenário
Rio Grande do Sul
328 casos confirmados
24 casos suspeitos
Nenhum óbito registrado
Santa Maria
2 casos confirmados
Nenhum óbito registrado
Atualizada em 10 de março de 2023
Fonte: Secretaria Estadual de Saúde
Estado começa planejamento para vacinação contra mpox; primeiras doses chegam nesta quarta-feira